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Se você está procurando o que fazer no Líbano, esse post tem 15 sugestões de locais para visitar no país.

O Líbano entrou em minha lista de desejos de viagem por acaso, e com certeza não me arrependi de ficar duas semanas viajando na região. Eu me apliquei para uma vaga no Worldpackers e em menos de um mês estava embarcando para o país. Você pode conferir mais sobre meu voluntariado em Zouk Mosbeh aqui.

O país é cheio de história, além de paisagens belíssimas e uma moeda desvalorizada, o que torna barato para estrangeiros viajarem para lá. Em cidades como Biblos, ao norte do país, existem indícios de civilização de 7.000 AC. Apesar de não ser um destino tradicional, o turismo é responsável por cerca de 10% do PIB do Líbano.

Ficou interessado em conhecer a região? Confira um pouco mais sobre o país e o que fazer no Líbano.

Um pouco mais sobre o Líbano:

O Líbano é um dos países do Oriente Médio que está situado no continente Asiático.  A região já abrigou as mais antigas civilizações, como fenícios, assírios, persas, gregos, bizantinos e turcos otomanos. Por isso o Líbano é um país repleto de diversidade cultural e religiosa.

Hoje o país é dividido entre católicos e muçulmanos. Por lei, os cargos de presidente, primeiro-ministro e porta-voz do parlamento devem ser ocupados respectivamente por um cristão maronita, por um muçulmano sunita e por um muçulmano xiita.

Por estar localizado na divisa entre Síria e Israel, o país foi marcado por intensos conflitos como a Guerra Civil de 1975 e a Guerra do Líbano de 2006. Hoje o país se encontra em uma de suas maiores crises econômicas depois de décadas de corrupção e conflitos armados.

Viajar para o Líbano é seguro?

Assim como a maior parte dos países do Oriente Médio, é sim seguro viajar para o Líbano. Apesar de ter enfrentado graves conflitos no início do século, os libaneses hoje vivem em paz. A grave crise econômica que o país enfrenta desde 2019 não o torna inseguro para o turismo. Pelo contrário, com a moeda desvalorizada esse destino se tornou bem atrativo para estrangeiros.

o que fazer no Líbano?

O Líbano tem muito a oferecer aos turistas que o visitam. Por ser um país pequeno (com apenas 10.400 km²), duas semanas são suficientes para percorrer todos os pontos mais importantes. O país é repleto de monumentos históricos, mas também é um destino incrível para aqueles que não gostam de visitar museus.

Por exemplo, quem gosta de praticar esportes pode esquiar ou fazer trilhas na região de Mzaar Kfardebian e Jabal Moussa. Já quem quer curtir a praia pode se hospedar nos resorts de Jounieh. Aqueles que querem aproveitar a vida noturna tem diversas opções de bares e casas noturnas em Beirut, além dos beach clubs na região costeira.

Quando visitar o Líbano?

De maio a setembro, os turistas conseguem aproveitar as temperaturas mais altas (cerca de 25 a 32 ° C) para frequentar a praia. Se você quiser esquiar e curtir o inverno, é preciso programar sua viagem para os meses de dezembro a fevereiro. Roteiros mais histórico podem ser feitos em qualquer época do ano.

O que fazer no Líbano à noite?

Entre os países árabes, o Líbano permaneceu mais aberto a cultura ocidental. É fácil comprar bebidas alcoólicas e mulheres e homens podem se vestir de qualquer forma. Durante à noite, o bairro Gemmayze recebe várias pessoas procurando pelos melhores drinks e restaurantes de Beirut. Já na costa libanesa, o pôr do sol é bem apreciado nos beach clubs.

15 lugares para visitar no Líbano

o que fazer em Beirute:

Beirute é a capital e a maior cidade do Líbano. Na cidade está localizado o Aeroporto Internacional de Beirute, de onde todos voos internacionais partem e aterrisam. Por esses e outros motivos, Beirute é parada obrigatória para quem vai ao Líbano. Dois dias na cidade são suficientes para conseguir visitar os principais pontos históricos na capital.

Mesquita Mohammad Al-Amin

A Mesquita Mohammad Al-Amin é um dos cartões postais da cidade. Também conhecida como mesquita azul, por causa de suas cúpulas, a mesquita é a maior do Líbano. Inaugurada em 2008, sua construção foi atrasada pelos conflitos na cidade de Beirute.

A mesquita fica aberta para visitação fora dos horários de reza, que são ao todo 5 vezes ao dia. As mulheres devem vestir Abaya para entrar (vestido preto que cobre todo o corpo). Ele é fornecido aos turistas na entrada. Já os homens não podem estar vestindo bermuda nem regata.

Logo em frente a mesquita está a Estátua dos Mártires, uma homenagem aos combatentes mortos em 1916 na Revolta Árabe contra o domínio Turco Otomano. O monumento, danificado por disparos de armas-de-fogo, continua atual ao relembrar os mortos na Guerra Civil e na Guerra do Líbano.

Centro de Beirut

Caminhando da Mesquita Azul em direção ao centro da cidade, é possível visitar a Torre do relógio Al-Abed e a Catedral de São George. A catedral maronita fica ao lado da mesquita. Seguindo à direita da catedral está a Praça Nejmeh e no centro dela a Torre do Relógio.

Cerca de 30 minutos a pé do local está o Museu Nacional de Beirute. Muitas de suas peças foram trazidas da cidade de Biblos, além de outros sítios arqueológicos do país. O museu remonta a história das épocas de domínio fenício, romano, persa, entre outros na região.

Pigeon Rocks

No final do dia, recomendo ver o pôr do sol nas Pigeon Rocks, no bairro de Raouche. A paisagem é um dos principais cartões postais da cidade. Aproveite também a noite libanesa nos bares e pubs da cidade. Beirute é repleta de baladas e bairros como o Hamra ficam com suas ruas cheias de frequentadores que pulam de bar em bar.

Foto tirada no alto de uma montanha em direção ao mar. No centro, duas pedras se erguem em meio a água azul esverdeada. No topo, grama amarelada. A pedra da esquerda se ergue ao centro formando um túnel.
Pigeon Rocks, no bairro de Raouche.

Cidadela de Trípoli:

Situada a 85 quilômetros ao norte da capital, a cidade de Trípoli é a segunda maior cidade do Líbano. Nela conseguimos perceber forte influência das culturas muçulmana e árabe. Trípoli é famosa pelos seus doces árabes, com confeitarias muito tradicionais como a Kasr al Helou, ou “Palácio dos Doces”.

Não deixe de visitar o Forte de Raymond de Saint-Gilles. O local também é conhecido como Cidadela de Trípoli ou ‘Qal’at Saint-Gilles’ em árabe. Ele foi construído na época das cruzadas  por ordem de Raymond VI de Saint Gilles. Menos de 5 minutos a pé do forte está o antigo mercado Khan Al-Khayyatin. Nele você consegue encontrar itens tradicionais libaneses.

Cidadela de Byblos:

A cidade de Jubayl, ou mais conhecida por Byblos (seu nome no período da dominação grega) é uma das cidades mais antigas do mundo. Os primeiros registros humanos na região datam de 5.000 a.C. A cidade presenciou diferentes períodos de dominação, entre os quais pelos povos fenícios, egípcios, gregos e romanos.

Durante as cruzadas no século 12, a cidade foi fortificada. Foi nessa época que o Castelo de Byblos foi erguido. A cidadela de Byblos é parada obrigatória no Líbano, não somente pela sua história, mas também pela paisagem. Quem faz esse passeio também não pode deixar de conferir o Souk, tradicional mercado localizado em frente a entrada da cidadela.

Ruínas de Balbeque:

Cerca de uma hora e meia de Beirute, a cidade de Balbeque possui ruínas protegidas como patrimônios mundiais da UNESCO. Antiga região Fenícia, a cidade se tornou colônia romana. Foi governada pelo imperador Constantino na sua era cristã até a dominação islâmica. Hoje, a acrópole da cidade conserva importantes vestígios históricos, como os Templos de Júpiter, Bacos e Vênus.

Foto das ruínas na cidade de Balbeque. Mais de 10 colunas altas ainda sustentam as paredes do templo. Na frente, várias pedras menores estão espalhadas no que antes foi outra construção.
Ruínas de Balbeque.

O valor da entrada custa cerca de 10 dólares e dá acesso aos sítios arqueológicos. Meu destaque vai para o Templo de Baco, que é extremamente preservado. Um dia é o suficiente para conhecer Balbeque e suas atrações. Por isso, eu recomendo pesquisar por tours privados com transporte incluso partindo de Beirute. Você pode pesquisar por agências e comparar preços de guias com o aplicativo Get Your Guide.

Confira aqui as vantagens e desvantagens de comprar tours guiados com agência!

Reserva Jabal Moussa:

Localizado no distrito de Kesrouan, a reserva Jabal Moussa tem 6.500 hectares e é protegida pela UNESCO. A reserva, além de preservar a biodiversidade da região, contém patrimônios históricos. O sítio tem ruínas do período otomano, gravuras romanas e lugares importantes para a mitologia fenícia.

Para quem gosta de trilhas e natureza, recomendo reservar um dia inteiro para explorar a reserva Jabal Moussa. No inverno, esteja preparado para pegar temperaturas negativas no local. Ele fica localizado perto das estações de esqui e é possível ver neve na região.

Palácio Beiteddine:

O Palácio Beiteddine foi construído entre 1788 e 1818, no comando da dinastia Shihab. Ele está localizado na cidade de Beiteddine. O palácio foi usado posteriormente como prédio governamental durante o governo turco-otomano. Além do período em que o Libano foi um estado autônomo, fazendo parte da Síria mandatária e administrado pela França.

Quando o Líbano ganhou sua independência em 1943, o palácio foi restaurado e se tornou a residência de verão do presidente. A visita ao Palácio Beiteddine custa cerca de 10 USD e pode ser feita entre duas e três horas. O palácio está aberto diariamente. Mas fique atento, pois em algumas épocas do ano não é permitido visitar todos os aposentos.

Gruta Jeita:

A Gruta Jeita é composta por duas cavernas interligadas, totalizando um comprimento de aproximadamente 9 km. As grutas ficam no vale de Nahr al-Kalb, 18 km da capital libanesa. Formadas no período pré-histórico, a Gruta Jeita abastece hoje milhares de libaneses com água potável.

A gruta inferior é submersa por um rio subterrâneo e pode ser visitada em pequenos barcos. Já a parte superior foi descoberta em 1958, 60 metros acima da gruta inferior. A grutas foram ligadas com um túnel de acesso e passadeiras foram instaladas para os visitantes. Na gruta superior é possível enxergar uma das maiores estalactites do mundo.

Harissa (Santuário de Nossa Senhora do Líbano):

A poucos quilômetros da capital libanesa encontra-se a Harissa, também conhecida como Nossa Senhora do Líbano. A estátua da Virgem Maria foi construída em 1908 e está localizada no alto de uma colina na cidade de Jounieh. São cerca de 650 metros de altura. Já a estátua mede 8,5 metros de altura.

Beirute fica cerca de 25 quilômetros de distância do local. É possível chegar lá de carro ou através de um teleférico. A subida vale a pena quando nos deparamos com a vista de Beirute. Para visitas ao local, é recomendável não vestir roupas decotadas ou curtas. O santuário possui uma catedral e também uma cafeteria.

estação de esqui Mzaar Kfardebian:

A Mzaar Kfardebian está localizada a uma hora de distância de Beirute. Essa é a maior estação de esqui do Oriente Médio. Constituída por 42 colinas que se estendem por 80 quilômetros, a estação de esqui oferece aulas, abrangendo níveis avançados e iniciantes. Além disso outras atrações funcionam no local. O teleférico, por exemplo, foi trazido da Suíça e em dias claros é possível ver Beirute do alto das colinas.

A temporada de esqui se estende do início de dezembro ao início de abril. Mas fique atento às condições meteorológicas para agendar o passeio. Eu estive lá nas últimas semanas de março e, apesar de ter visto neve na estação, ela já estava fechada para esquiar.

Ficou interessado em conhecer o Líbano? Comente aqui se esquecemos de algum lugar na nossa lista.

FAQ sobre o que fazer no Líbano

Melhores atrações no Líbano

O Líbano está recheado de atrações históricas, culturais e também para aqueles que gostam de esportes e aventura. Trípoli, Balbeque e Byblos são lugares que não podem ficar de fora da viagem. Confira aqui a lista completa de atrações.

Viajar para o Líbano é seguro?

Assim como a maior parte dos países do Oriente Médio, é sim seguro viajar para o Líbano. Apesar de ter enfrentado graves conflitos no início do século, os libaneses hoje vivem em paz.

Qual a moeda no Líbano?

A Libra libanesa é a moeda oficial do Líbano. Apesar disso, é muito comum comerciantes aceitarem pagamento em dólares. A moeda bastante desvalorizada se tornou um grande atrativo para turistas.

Quando visitar o Líbano?

De maio a setembro, os turistas conseguem aproveitar as temperaturas mais altas (cerca de 25 a 32 ° C) para frequentar a praia. Se você quiser esquiar e curtir o inverno, é preciso programar sua viagem para os meses de dezembro a fevereiro.

O que fazer no Líbano à noite?

Aqueles que querem aproveitar a vida noturna tem diversas opções de bares e casas noturnas em Beirut, além dos beach clubs na região costeira. Os bairros Gemmayze e Hamra recebem várias pessoas procurando pelos melhores drinks e restaurantes de Beirut.

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